Relendo com calma e na tela grande do desktop, me pego novamente chocada com todo o relato, com as fotos, com as frases. Acho q fui ver de novo pra ter certeza do q tinha lido. Pq não podia ser q fosse tudo aquilo q eu li, mas era tudo isso mesmo. Todo o sofrimento, toda a brutalidade que essas mulheres e tantas outras sofreram e sofrem há tanto tempo e por quanto mais tempo?
Uma sensação de impotência, frustração, uma dor q não dá pra explicar. E se vc pensar com calma, se conseguir ligar lé com cré, se tiver olhos de ver e ouvidos de ouvir, vc percebe q a violência é tanta e tão grande e tão ampla e tão vil que vc não entende como tem quem diga q o machismo está nos olhos de quem vê.
É tanta mulher sendo subjugada em tanto momento em que deveria ser exaltada... Tanta mulher sofrendo, penando, pagando... Pq? Por nada. E ainda que a raça humana sofra de um modo geral, ainda que homens e mulheres e crianças inocentes estejam sendo bombardeadas em Gaza ou à mingua em Tacaratu ou Pariconha, quando se pensa no massacre feminino dia após dia, me dá uma coisa assim, uma dor, uma preguiça de seguir, uma sensação de fracasso por não conseguir fazer nada pra mudar isso, a dúvida do desafio de criar dois homens que vejam e tratem as pessoas, sobretudo as mulheres, de uma forma mais decente, mais digna, mais humana.
Um desespero de uma dor que não é minha mas que já foi. Podia ser minha tatuagem aquela episio, ou a da mulher que achou que fosse rasgar por tanto tempo. E vc se expõe na esperança de que suas palavras sirvam de alento - de alerta - assim como as palavras de Ana me acordaram, como os relatos da Partonosso me trouxeram à vida, assim como o respeito de Enfermeiras - DOUTORAS! - como Heloísa me trouxeram à realidade e ao poder sobre mim que até então desconhecia.
E no trabalho de formiguinha que quer apenas dizer que moveu um grãozinho que seja, eu re-compartilho o link compartilhado ontem. Esperando que mulheres leiam e vejam e se protejam. E que homens se conscientizem de que o corpo de suas mulheres é delas, mas q a luta em defesa da integridade e do respeito desses corpos também é deles.
"Mulheres exibem na pele os relatos da violência sofrida na hora do parto em hospitais brasileiros"
http://www.hypeness.com.br/2014/07/serie-de-fotos-mostra-relatos-de-violencia-na-hora-do-parto-que-passariam-batidos/
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